Documento surge após Parlamento aprovar fim das portagens em todas as ex-SCUT, exceto no distrito do Porto.
Um grupo diversificado de autarcas, empresários e uma associação de bombeiros do distrito do Porto subscreveu um manifesto exigindo a eliminação das portagens nas ex-SCUT, segundo relata o Jornal de Notícias na sua edição deste domingo, dia 7 de julho. O documento critica a “injustiça” e “discriminação” imposta ao distrito, onde as portagens permanecem em vigor, ao contrário de outras regiões do país.
A iniciativa partiu de Jorge Machado, advogado e ex-deputado do PCP, com o objetivo de pressionar politicamente e manter o tema na ordem do dia. O manifesto foi uma resposta à recente decisão do Parlamento, que aprovou uma proposta do PS para abolir as portagens nas ex-SCUT a partir de 2025, com exceção das situadas no distrito do Porto.
Ainda de acordo com o Jornal de Notícias, o manifesto conta com a assinatura de figuras políticas de diversas sensibilidades, como Rui Moreira (independente), presidente da Câmara do Porto, Eduardo Vítor Rodrigues (PS), autarca de Gaia, Marco Martins (PS), de Gondomar, José Manuel Ribeiro (PS), de Valongo, e António Silva Tiago (PSD), da Maia. Entre os subscritores estão também Alfredo Maia, deputado maiato do PCP na Assembleia da República, Filipe Pereira, coordenador da União de Sindicatos do Porto, António Silva, presidente da Associação Humanitária dos Bombeiros de Valadares, a Agros – União das Cooperativas de Produtores de Leite, a ANTRAM – Associação Nacional de Transportadores Públicos Rodoviários de Mercadorias e a Horpozim – Associação Empresarial Hortícola da Póvoa de Varzim. Empresários como João Paulo Carvalho, do setor do mobiliário, Reinaldo Teixeira, do setor do calçado, e Valdemar Madureira, economista, também assinaram o documento, além de Jorge Machado.
Segundo descreve o Jornal de Notícias, no documento, os signatários manifestam a “sua veemente oposição” ao que consideram ser “uma objetiva injustiça e discriminação da população do distrito do Porto e suas empresas”, exigindo “tratamento análogo” ao das outras regiões que viram eliminadas as portagens.
Os subscritores apelam ao “Governo e aos partidos políticos com representação parlamentar para que, até à aprovação do próximo Orçamento do Estado (2025), tomem as medidas necessárias com vista à eliminação das portagens nos pórticos” das ex-SCUT no distrito do Porto. O documento expressa ainda o apoio à eliminação das portagens em outros distritos, como Braga, Viana do Castelo, Guarda, Viseu, Vila Real, Leiria, Faro e Bragança.
A proposta para abolir portagens na A4 – Transmontana e Túnel do Marão, A13 e A13-1 – Pinhal Interior, A22 – Algarve, A23 – Beira Interior, A24 – Interior Norte, A25 – Beiras Litoral e Alta, e A28 – Minho, nos troços entre Esposende e Antas e entre Neiva e Darque, foi aprovada com os votos favoráveis do PS, Chega, BE, PCP, Livre e PAN, com a abstenção da IL e contra do PSD e CDS-PP.
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