António Silva Tiago, presidente da Câmara Municipal da Maia, disse ter sido surpreendido pela comunicação social em relação aos despedimentos na Adidas do TECMAIA. Ainda assim, demonstrou-se “tranquilizado” pelas garantias dadas pela empresa.
O autarca da Maia disse no início desta semana ter sido surpreendido pelos órgãos de comunicação social acerca dos trabalhadores que vão ser despedidos pela Adidas no TECMAIA. Apesar de ter sido apanhado de surpresa, Silva Tiago demonstrou-se “tranquilizado” com a garantia de que a empresa vai “reconverter noutras tarefas” os postos de trabalhos agora extintos, que, segundo o autarca, “vão migrar para outras geografias do mundo, designadamente para Ásia”.
“Hoje de manhã consegui falar com o CEO da Adidas aqui na Maia, ele confirmou-me essa realidade, mas tranquilizou-me dizendo-me que estava a envidar esforços no sentido que esses 300 [postos de trabalho] irão ser, muitos deles, reconvertidos em novas tarefas, novos trabalhos de que a Adidas necessita. E, até junho de 2023, os lugares irão ser todos eles compensados e até escalar em maior número”, apontou o autarca.
Silva Tiago garantiu que o “hub que existe na Maia é para continuar e é para ser incrementado”, prometendo “acompanhar de perto toda a transição para que corra da melhor forma”.
“Tenho muita pena, mas a Câmara da Maia fará tudo aquilo que puder. É evidente que a Adidas não é nenhuma empresa do município, mas está cá e nós temos muito respeito por todas as empresas cá instaladas”, disse.
Em relação ao impacto que a região irá sentir com estes despedimentos, Silva Tiago disse que esse mesmo impacto irá existir, mas salientou que “muitos destes trabalhadores apenas trabalham na Maia”, mas não são residentes no concelho.
No passado dia 17 de outubro, em resposta à Lusa, a Adidas confirmou os despedimentos explicando que “haverá mudanças na estrutura organizacional no Porto (…). No futuro, algumas tarefas vão passar a ser desenvolvidas em locais fora de Portugal e, num segundo momento, vão ser criadas novas responsabilidades na estrutura do Porto”.
A empresa de vestuário desportivo alemã já contactou os colaboradores afetados e lamenta “o impacto que a decisão poderá ter nos colaboradores”.
“A Adidas está a tentar encontrar soluções justas para todos os colaboradores afetados em conversas pessoais, sendo que a prioridade será uma possível transferência para outro cargo no Porto”, referia o texto de resposta à Lusa.