A maior sinagoga da Península Ibérica, situada no Porto, foi vandalizada esta quarta-feira com inscrições apelando à libertação da Palestina, um ato que surge na sequência do recrudescente conflito entre Israel e o movimento palestiniano Hamas.
Na manhã desta quarta-feira, a sinagoga do Porto foi alvo de um acto de vandalismo, com inscrições “Libertem a Palestina” a surgirem no muro e no portão do edifício religioso. Este acto ocorre num momento de tensões elevadas devido ao conflito em curso entre Israel e o movimento palestiniano Hamas. A Comunidade Israelita do Porto (CIP) condenou veementemente o vandalismo, sublinhando que tal acto reflecte um ódio direccionado aos judeus locais.
Num comunicado enviado à Lusa, a CIP referiu que “Os que odeiam Israel manifestam o seu ódio contra os judeus locais”. As inscrições no portão e nos muros da sinagoga faziam também referência ao fim do “apartheid de Israel”.
A Polícia de Segurança Pública (PSP) do Porto esteve no local para tomar conta da ocorrência e iniciar a investigação sobre este acto de vandalismo. Em paralelo, a Câmara Municipal do Porto mobilizou-se desde as 12h00 para proceder à limpeza das inscrições no portão e no muro da sinagoga.
Também a Comunidade Israelita de Lisboa (CIL) reagiu a este incidente, condenando as mensagens de ódio “escritas cobardemente”. Numa publicação no Facebook, a CIL reforçou que “em Portugal não há espaço nem lugar para intolerância e para o ódio”, e distinguiu os actos de terrorismo perpetrados pelo Hamas da causa palestiniana mais ampla.
“Os actos de barbárie e de terrorismo praticados pelo Hamas foram e são desumanos e não devem ser confundidos com a causa palestiniana. Não confundimos os terroristas com o povo palestiniano. Não seremos intimidados”, afirmou a CIL.