Depois de um período de pausa de 12 dias, a Siderurgia Nacional da Maia retomou os seus trabalhos na totalidade na semana passada. O aumento de preços da energia terá estado na origem da paragem da produção. O Site-Norte denuncia que trabalhadores foram chantageados, obrigando-os a tomar uma decisão entre ter alguns dias de descanso ou sofrerem cortes no salário.
Durante o tempo de paragem, o grupo espanhol Megasa, que detém a empresa de siderurgia da Maia, procedeu a um ultimato perante os seus funcionários: ou gozavam férias ou entrar em lay-off, denuncia o Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras, Energia e Atividades do Ambiente do Norte (Site-Norte). A paragem foi realizada entre os dias 5 e 16 de março, ao que tudo indica motivada pela inflação dos preços da energia.
Segundo noticia hoje o JN, desenrolaram-se ontem vários plenários para discutir a situação. Esta mesma fonte, que cita Miguel Ângelo, dirigente sindical, quando considerada a atitude da firma como uma “chantagem” para com os funcionários, recorda que a firma “teve lucros de 127 milhões de euros nos últimos quatro anos”.