A Sonae anunciou lucros atribuíveis aos acionistas de 149 milhões de euros nos primeiros nove meses de 2024, um aumento de 10,6% em relação ao mesmo período do ano passado. O grupo registou também um volume de negócios de 7 mil milhões de euros e realizou um investimento histórico, consolidando a sua expansão internacional.
Nos primeiros nove meses de 2024, a Sonae alcançou lucros de 149 milhões de euros, mais 15,4 milhões do que no ano anterior. Este desempenho, descrito como sólido pela empresa, resulta de ganhos de quota de mercado, reforço da internacionalização e fortes investimentos nos principais negócios. O volume de negócios consolidado subiu 15,4%, atingindo 7 mil milhões de euros, enquanto o EBITDA cresceu 21,7%, totalizando 706 milhões de euros, segundo o comunicado enviado esta quarta-feira, 13 de novembro, à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
Nos últimos 12 meses, o grupo investiu 1,6 mil milhões de euros, um valor recorde, com mais de mil milhões aplicados apenas desde o início deste ano. Este investimento permitiu a aquisição de participações de controlo em empresas como a Musti, nos países nórdicos, a Arenal/Druni, em Espanha, e a BCF Life Sciences, em França. Estas aquisições consolidam a posição da Sonae em novas geografias e sectores estratégicos, desde o retalho alimentar e cosmética até aos cuidados para animais e biotecnologia.
No retalho alimentar, a MC, responsável pelas operações do Continente, apresentou um crescimento de 6,3%, com uma faturação de 5,4 mil milhões de euros até setembro. O terceiro trimestre foi marcado pela abertura de oito novas lojas em Portugal, reforçando a presença nacional do grupo. No retalho de eletrónica, o volume de negócios da Worten cresceu 7%, atingindo 942 milhões de euros, impulsionado pelas vendas online, que aumentaram 15% nos primeiros nove meses do ano e já representam 16% do total das vendas.
O setor imobiliário, através da Sierra, também registou uma evolução positiva, com o resultado líquido a aumentar 19,8% para 65 milhões de euros, sustentado pelo dinamismo dos centros comerciais na Europa e melhores resultados na venda de propriedades. Já nas telecomunicações, as receitas da Nos cresceram 6,1%, com o EBITDA a subir 6,3%, alcançando 213 milhões de euros.
Cláudia Azevedo, CEO da Sonae, destacou o desempenho positivo do grupo em todos os seus segmentos, sublinhando o impacto das recentes aquisições e da expansão internacional. “Os resultados do terceiro trimestre refletem um crescimento consistente em todos os negócios do grupo. Com este ímpeto, acredito firmemente que o resto do ano trará novas conquistas e um impacto positivo para todos os nossos stakeholders”, afirmou.