Sindicatos apresentaram pré-aviso de greve. A paralisação, convocada por tempo indeterminado, vai afetar principalmente o serviço aos fins-de-semana e feriados.
Adivinham-se dias complicados para os passageiros da STCP, depois de ser dado a conhecer que os sindicatos apresentaram um pré-aviso de greve para os fins de semana e feriados (durante todo o dia) e para os dias úteis (às últimas duas horas de serviço).
A própria STCP revela que, dado não terem sido determinados serviços mínimos, poderão surgir constrangimentos na operação.
De acordo com Jorge Costa, presidente do Sindicato Nacional de Motoristas, o objetivo não é retirar os autocarros da rua, mas sim “chamar a atenção da empresa para os horários exagerados que os trabalhadores estão a cumprir”. Mesmo não querendo fazer “desaparecer” o serviço, “poderá sempre haver constrangimentos”.
STCP aumenta prejuízos em 74% para 3,2 milhões
As receitas cresceram, situando-se nos 49,5 milhões de euros em 2019. Tal representou um aumento de 3,4% face a 2018. Esta tendência de crescimento verifica-se pelo quarto ano consecutivo.
Não obstante, a Assembleia Geral da STCP – Sociedade de Transportes Coletivos do Porto, o maior operador de transportes públicos na Área Metropolitana do Porto, revelou que a empresa atingiu um resultado líquido negativo de 3,2 milhões de euros, registando um agravamento de 1,3 milhões de euros (74%) face ao ano anterior.
A empresa encerrou 2019 com o EBITDA recorrente positivo de 3,5 milhões de euros, expressando uma melhoria face a 2018 de 1,5 milhões de euros (80%). Em 2019 o resultado operacional corrente foi negativo em 1,2 milhões de euros, melhorando de 521 mil euros (30%) face a 2018.
Em 2019, a STCP transportou 76,7 milhões de passageiros, o correspondente a um crescimento de 4,5% (3,3 milhões) em comparação com o ano anterior.
Concurso para a concessão de transportes no Grande Porto novamente suspenso
O concurso de concessão de transporte público rodoviário na Área Metropolitana do Porto está suspenso por 30 dias, em função da impugnação apresentada por um dos concorrentes.
Reforço dos operadores privados
Eduardo Vítor Rodrigues, líder da Área Metropolitana do Porto, explica que a falta de operação da STCP não motivará uma “compensação” pelos operadores privados, porque, segundo este, “viola o direito à greve”. Quanto ao reforço anunciado para este mês por parte das empresas privadas, afirma que foram apresentadas novas propostas às operadoras para colocar mais autocarros em circulação.