O Super Bock Group está a preparar a aquisição de 49,9% da Sumol+Compal, uma participação atualmente detida pelo grupo de bebidas Castel, de acordo com o jornal Nascer do SOL, que afirma que esta operação poderá suscitar preocupações junto da Autoridade da Concorrência, devido a potenciais problemas de concentração em alguns produtos, nomeadamente águas, cervejas e refrigerantes.
O grupo Castel, originalmente francês e um dos principais operadores de bebidas em África, adquiriu esta participação da Sumol+Compal por 88,2 milhões de euros em 2014. No entanto, segundo informações obtidas pelo Nascer do SOL, está agora a preparar-se para vender a posição, estando o negócio praticamente concluído, embora ainda confidencial.
Esta transação teria pouca influência no mercado se não fosse a concentração em alguns produtos. A área das cervejas é um exemplo disso. A Compal+Sumol detém marcas como Estrella e Tagus, enquanto o grupo Super Bock conta com Super Bock, Carlsberg, Cristal e Coruja. Se a operação avançar, estas marcas seriam agregadas no portefólio do grupo.
O mesmo acontece no setor das águas. A empresa de Leça do Balio possui marcas como Vitalis, Melgaço, Vigado e Pedras, enquanto a Sumol+Compal detém Serra da Estrela e Frize. No campo dos refrigerantes, a situação é semelhante. O grupo Super Bock possui Frutis, Frutea, Guaraná, Frisumo e Snappy, enquanto a Sumol+Compal tem marcas como Sumol, B!, Guaraná Antartica e Lipton, escapando à possível concentração de mercado apenas com a marca Pepsi.
Contactado pelo Nascer do SOL, o grupo SBG afirmou que “não tem comentários” a fazer, enquanto a Sumol+Compal afirmou que não está a par da operação.