Os três suspeitos de cultivar, colher e comercializar canábis na Maia, numa plantação de mil m2, detidos na segunda-feira, ficaram, esta sexta-feira, detidos em prisão preventiva.
Os detidos, dois homens e uma mulher de nacionalidade chinesa, foram ouvidos por um juiz de instrução criminal e ficaram sujeitos à medida de coação mais gravosa.
O comandante da Divisão de Investigação Criminal da PSP/Porto, em conferência de imprensa, indicou que os suspeitos detinham “um sistema complexo e elaborado”, demonstrando “experiência” na prática deste ilícito.
A informação avançada pela Agência Lusa, refere que o intendente Rui Mendes avançou que os sistemas associados ao cultivo do canábis, nomeadamente de rega, ventilação e extração, eram de uma “enorme sofisticação”, dando como exemplo o sistema de extração, não só ao nível do próprio local, mas da projeção dos próprio gases para que quem morasse à volta do local de cultivo não se apercebesse do cheiro.
Além disso, os suspeitos fizeram uma ligação direta e ilícita a um posto de transformação, tendo causado à operadora um prejuízo de mais de três milhões de euros durante um ano.
Os agentes apreenderam num armazém em Pedrouços, Maia, cerca de uma tonelada de plantas e folhas de canábis em diferentes estados de maturação, material de cultivo, colheita e acondicionamento de droga.
Foram também confiscados 3.000 euros, um carro, 600 lâmpadas térmicas, 500 balastros elétricos e cerca de 10 mil ventiladores.
A operação de detenção envolveu 50 agentes e é das maiores operações da Divisão de Investigação Criminal em matéria de tráfico de droga, segundo Rui Mendes.