O documento vai ser apresentado aos partidos, pelo ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos, e pelos secretários de Estado Adjunto e das Comunicações Hugo Mendes e do Tesouro Miguel Cruz.
O Governo fechou esta madrugada o plano de reestruturação da TAP, numa reunião extraordinária do Conselho de Ministros, mas só na sexta-feira deverá ser conhecido do público.
O documento, que tem de ser entregue à Comissão Europeia até quinta-feira, será apresentado aos partidos, pelo ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos, e pelos secretários de Estado Adjunto e das Comunicações Hugo Mendes e do Tesouro Miguel Cruz.
“Os ministros estiveram reunidos para tomarem conhecimento do plano. Foi o intuito do Conselho de Ministros extraordinário [desta terça-feira à noite] e é o que vai acontecer com os partidos”, garantiu fonte do Governo ao jornal ECO.
A generalidade dos partidos tem dito que a informação conhecida é ainda escassa para avançar com uma posição, mesmo assim, o PSD afirmou que a aprovação na Assembleia da República ser uma contradição tendo em conta que o PS se insurgiu contra a ingerência do Parlamento no dossier Novo Banco.
As reuniões acontecem na véspera da data limite para Portugal entregar o plano em Bruxelas, uma exigência da Comissão Europeia, pela concessão de um empréstimo do Estado de 1,2 mil milhões de euros, para fazer face às dificuldades da companhia, decorrentes do impacto da pandemia de Covid-19 no setor da aviação. Este empréstimo, que será esgotado até ao final do ano, serve apenas para garantir que a empresa tem liquidez imediata para continuar a operar.
Ainda segundo o jornal ECO, estão a ser preparados despedimentos e cortes salariais, bem como reduções na frota para fazer face a necessidades de liquidez que totalizam os três mil milhões de euros até 2024. Assim, a TAP ainda vai precisar de mais 1,8 mil milhões de euros nos próximos meses.
A companhia aérea agravou os prejuízos nos primeiros nove meses do ano para 700,6 milhões de euros, depois do prejuízo de 110,8 milhões de euros no mesmo período de 2019.
Na passada quarta-feira, centenas de trabalhadores da TAP concentraram-se em frente à Assembleia da República, em Lisboa, a pedir diálogo e transparência, no âmbito do processo de reestruturação do grupo.