A TAP bateu o seu recorde de prejuízos em 2021. Foi um ano em que o resultado negativo ultrapassou os outros resultados negativos. A culpa estará no custo do encerramento da manutenção e engenharia no Brasil.
Os prejuízos aumentaram na TAP, crescendo para um recorde de mais de 1,5 mil milhões de euros. É mais um ano de prejuízos para a empresa pública que em 2020 tinha registado 1230 milhões de resultado negativo. Ainda assim, o resultado que a empresa esperava, de acordo com o plano de reestruturação, era ainda mais negativo, na ordem dos 1750 milhões.
Além do prejuízo, a TAP conseguiu também aumentar o número de passageiros e o volume de receita. O custo que fez disparar o prejuízo, segundo a empresa, prende-se com o encerramento da operação de manutenção e engenharia no Brasil, uma opção tomada depois da companhia aérea regressar ao controlo do Estado Português, durante a pandemia.
Apesar do aumento no número de passageiros face a 2020, este ainda é inferior ao registado em 2019, em cerca de 34%. Em 2021 a companhia aérea do Estado transportou 5,83 milhões de passageiros.
Aumento significativo foi o que ocorreu na “carga e correio”, segmento da empresa onde as vendas cresceram 88%, para 236,1 milhões de euros. Já a manutenção perdeu 20,1% de volume de negócio. Feitas as contas, o exercício operacional melhorou 31% em 2021, para 1388,5 milhões. Os custos foram de 2877 milhões.
Gastos operacionais subiram 42%
As despesas da empresa subiram para 2877 milhões, valor fortemente afetado pelos 1024,9 milhões de custo com a reestruturação e encerramento da Manutenção & Engenharia Brasil. Sem estes custos, a operação continua a dar prejuízo, ainda que menor. Feitas as contas apenas à operação, a TAP trabalhou a dar um prejuízo anual de cerca de 500 milhões de euros.