Os trabalhadores da Efacec começam uma série de paralisações de duas horas por turno, numa ação de greve que também inclui a suspensão de todo o trabalho extraordinário durante o mês.
A partir desta segunda-feira, dia 6 de maio, os trabalhadores da Efacec entram em greve, marcando o início de uma série de paralisações programadas também para quarta e sexta-feira. A greve, que incluirá duas horas de paralisação por turno, foi convocada pelo Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras, Energia e Atividades do Ambiente do Norte (SITE-Norte), e abrange ainda a suspensão de todo o trabalho extraordinário ao longo de maio.
Esta medida surge após plenários realizados no dia 17 de abril, onde os trabalhadores mandataram o sindicato a avançar com o pré-aviso de greve. As principais reivindicações passam pela negociação do caderno reivindicativo, a defesa dos empregos e a garantia da continuidade da Efacec como empresa estratégica no panorama nacional e internacional.
Durante os dias de greve, os trabalhadores estarão concentrados das 8h30 às 10h30 e das 17h às 19h em frente às instalações da empresa, como forma de visibilidade para a luta que travam em defesa dos seus direitos e da estabilidade da empresa.
O contexto desta greve é particularmente significativo dado o recente despedimento coletivo iniciado pelo fundo Mutares, que adquiriu a Efacec após a sua nacionalização em 2020. No acordo de venda, o Estado português comprometeu-se a injetar 160 milhões de euros na empresa, adicionando-se ainda um financiamento de 35 milhões de euros pelo Banco de Fomento, através da compra de obrigações convertíveis em capital.
A Efacec conta atualmente com cerca de 2.000 trabalhadores.