A operação STOP realizada ontem, em Alfena, que visava a cobrança de dívidas ao fisco, não foi a primeira deste tipo. Já antes, nos concelhos da Trofa e Santo Tirso, houve esta tipologia de operação.
Foi a a 14 de maio na Trofa, e em Santo Tirso na semana seguinte, garantem as duas Câmaras Municipais à Lusa. A operação com o nome “Ação sobre Rodas”, pretende interpelar condutores, através do uso das forças de autoridade, como a GNR, para funcionários da Autoridade Tributária fiscalizarem a situação tributária dos condutores, nomeadamente a existência de dívidas às finanças.
A ideia é “intercetar condutores com dívidas às Finanças, convidá-los a pagar e dar-lhes essa oportunidade de pagarem”. Caso não consigam realizar o pagamento, “estamos em condições de penhorar as viaturas”, garantiu funcionário do fisco à Lusa.
A operação STOP realizada em Alfena foi a terceira deste género durante o corrente mês de maio.
Segundo Castro Fernandes, ex-autarca tirsense, em declarações à Lusa, terão sido “inspecionados cerca de três mil carros”, facto que, denunciou, “causou um enorme alvoroço na cidade, e que “repetiu o que havia sucedido uma semana antes na Trofa”, revelando ter sido alertado para a operação através da “indignação das pessoas partilhada nas redes sociais”.
O fisco monta uma operação no local, recorrendo a um sistema informático e tendas, que permitem fazer o controlo dos devedores.
Ainda durante o dia de ontem, a Ordem dos Advogados reagiu, considerando “particularmente repugnante o método seleccionado, pois a alternativa que restaria ao cidadão, não pagando ou não podendo pagar uma eventual dívida fiscal, seria ser submetido ao vexame de ficar privado do seu meio de transporte, em plena via pública”.
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