Marta Temido reconheceu que o aumento exponencial de casos pode voltar a condicionar a resposta do SNS no que diz respeito a consultas, exames ou cirurgias.
Os doentes não-covid-19 que vejam consultas, exames ou cirurgias no Serviço Nacional de Saúde (SNS) serem desmarcados face ao agravamento da pandemia serão encaminhados para os setores privado e social, garantiu esta segunda-feira, 26, a ministra da Saúde, Marta Temido.
Numa conferência de imprensa no Ministério da Saúde, em Lisboa, a ministra da Saúde enfatizou que a recuperação da atividade assistencial a doentes com outras patologias tinha “apenas um diferencial de 600.000 consultas entre urgentes e não urgentes em cuidados de saúde primários até setembro face ao período homólogo, num volume de 31 milhões”, mas reconheceu que o aumento exponencial de casos pode voltar a condicionar a resposta do SNS.
“O esforço de recuperação foi significativo. Nos hospitais, o cenário também foi de melhoria, mas não tão vantajoso. E tínhamos programas de recuperação da atividade assistencial com incentivos diretos aos profissionais de saúde. Mas, se isso não chegar – e admitindo que não chegue, face à desprogramação de atividade que teremos de fazer – o encaminhamento para os outros setores convencionados ocorrerá de acordo com aquilo que forem as necessidades e o interesse dos doentes”, afirmou.
Marta Temido assumiu que “o governo está a equacionar e a começar a implementar medidas em que a desprogramação da atividade assistencial possa levar a que os doentes sejam canalizados para outros setores” de atividade.
Covid-19: Maia está entre os 72 concelhos com risco muito elevado de contágio