Conheça o testemunho desta jovem maiata que, com 16 anos, se informou, ponderou e optou pela vacinação contra a covid-19.
Lia Marinho tem 16 anos e é um dos mais de 2 mil jovens de 16 e 17 anos vacinados no fim-de-semana de 14 e 15 de agosto no Centro de Vacinação de Gueifães.
Ao NOTÍCIAS MAIA, Lia conta que, consciente das vantagens e desvantagens, optou pela vacinação e entende que todos o deviam fazer.
Notícias Maia (NM): Quando soubeste que ia abrir a vacinação à tua faixa etária, quiseste logo ser vacinada?
Lia Marinho (LM): Antes de decidir, ponderei um bocado. Os meus pais já tinham sido vacinados mas obviamente não estamos 100% seguros da vacina. Ainda assim, sendo que tomar ou não tomar a vacina tem sempre os seus riscos, tomá-la dá-nos alguma liberdade que as quarentenas nos tiraram. Então acho que esse foi um dos motivos que me levou a decidir tomar a vacina.
NM: Foi uma decisão tua ou tomada em conjunto com os teus pais?
LM: Os meus pais deixaram a decisão comigo mas disseram que eu teria de a tomar já informada. Tinha de pesquisar os prós e contras da vacina e perceber o que me poderia ou não acontecer. Os meus pais deram-me a liberdade para escolher o que queria.
NM: A tua irmã, por exemplo, com 18 anos, também foi vacinada?
LM: Sim.
NM: E foi também nesse sentido? Os vossos pais deixaram a decisão do lado dela?
LM: Sim, os meus pais disseram-nos que as nossas preocupações com a vacina podiam não coincidir com as deles e então deram-nos livre arbítrio para escolher.
NM: E, para ti, quais são as maiores vantagens em tomar a vacina em relação a não tomar?
LM: Apesar de não estar 100% protegida, estou mais protegida do que estaria sem a vacina. Acho que a toma da vacina é um ato, não só para mim, mas também para as pessoas que me rodeiam. Para mim, é importante saber que, de todas as formas que posso, consigo proteger os meus e a mim também.
NM: E qual tem sido a escolha dos teus amigos? Tens amigos que não quiseram ser vacinados?
LM: Tenho alguns que não tomaram, não por não quererem, mas mais baseados na opinião dos pais, que não querem. Mas, no geral, acho que todos os meus amigos se querem vacinar. Acredito que toda a gente se deve vacinar e, antes disso, procurar informar-se.
NM: Ou seja, além da toma da vacina em si, achas que é importante as pessoas procurarem informação?
LM: Sim, acho que, para se ponderar tomar a vacina ou não, é preciso ter-se informação. Obviamente que há aspetos que ainda não conhecemos, porque é algo recente, e se calhar os efeitos da vacina só se vão conhecer daqui a 20 anos, mas, ainda assim, é importante ter conhecimento do que já se sabe até agora.
NM: E como foi o processo da vacinação? Correu bem?
LM: Sim! Não senti quase nada, deve ter sido da adrenalina (risos). Depois no dia seguinte tinha o braço dorido. Mas foi muito tranquilo.
NM: E o que achaste da organização do Centro de Vacinação de Gueifães?
LM: Acho que a organização está muito bem-feita, não demorei quase nada. Foi só entrar, sentar, preencher um papel, e sempre afastados e com máscara. Eles depois vão chamando por horários para a vacinação, fazemos um check-up rápido, somos vacinados e ficamos meia horinha à espera.
NM: Ansiosa para a 2ª dose?
LM: Podemos dizer que sim, mas estou tranquila.
NM: Sentes que estás a fazer a tua parte? Sentimento de dever cumprido enquanto cidadã?
LM: Sim, completamente, é um sentimento de dever cumprido. Não só para mim mas também para outras pessoas. É a minha forma de proteger toda a gente.