Uma grande concentração de armas e veículos militares do exercito russo, com marcações “Z”, pode ser vista num vídeo amador, recentemente filmado no interior de uma das seis salas de turbinas daquela que é a maior central nuclear da Europa e uma a terceira maior do mundo.
A partir dos 25 segundos, o vídeo recolhido na central nuclear de Zaporizhzhia mostra o equipamento militar russo, que estará a menos de 30 metros da estrutura de contenção que envolve um dos reatores nucleares.
📽️Video shows Russian army hides the equipment inside #Zaporizhzhia Nuclear Power Plant. #UkraineRussiaWar pic.twitter.com/oW2yTQvo1h
— MilitaryLand.net (@Militarylandnet) August 18, 2022
O Ministério da Defesa da Rússia alegou, esta quinta-feira, dia 18 de agosto, que a central nuclear, no sul da Ucrânia, pode ser fechada se as forças ucranianas continuarem a bombardear a instalação, algo que Kyiv negou ter feito.
Moscovo tem vindo a rejeitar os apelos internacionais para a criação de uma zona desmilitarizada em torno da central nuclear, que ainda é operada por engenheiros ucranianos. Ao mesmo tempo, a americana NBC afirma que a Rússia terá supostamente pedido aos trabalhadores da central nuclear para não irem trabalhar nesta sexta-feira, citando preocupações sobre um possível incidente.
O presidente ucraniano alertou hoje que o mundo está à beira de um desastre nuclear, devido à ocupação da terceira maior central nuclear do mundo, em Energodar, região de Zaporizhzhia. “Quanto tempo levará para a comunidade global responder às ações irresponsáveis da Rússia e à chantagem nuclear?” questionou Volodymr Zelenskyy.
The world is on a verge of nuclear disaster due to occupation of world’s third largest nuclear power plant in Energodar, Zaporizhzhia region. How long will it take the global community to respond to Russia’s irresponsible actions and nuclear blackmailing? https://t.co/lGHlhALMqV
— Володимир Зеленський (@ZelenskyyUa) August 18, 2022
O complexo nuclear de Zaporizhzhia foi capturado pela Rússia logo após o início da invasão da Ucrânia, há quase seis meses, e tem sofrido repetidos bombardeamentos, com Moscovo e Kyiv a trocarem acusações.