Francisco Vieira de Carvalho usou a sua página de Facebook para afirmar que estarmos “perante uma Fraude Eleitoral comprovada”.
Francisco Vieira de Carvalho pediu, após as últimas eleições autárquicas, a impugnação do ato eleitoral, que viu ser-lhe negada pelo Tribunal da Maia, seguida pela Assembleia de Apuramento Geral, tendo de seguida recorrido para o Tribunal Constitucional, pedindo a recontagem dos votos, para ver, novamente, o pedido ser-lhe negado. Recorreu por isso ao Ministério Público (MP), alegando que existe “fraude eleitoral” e viu, no início do presente mês, a Comissão Nacional de Eleições (CNE), encaminhar para o MP os dados que tinham em sua posse, devido a, segundo fonte da CNE, citada pela Agência Lusa, “ter tomado conhecimento de que o processo tinha seguido para o MP por iniciativa da candidatura em causa”.
Ontem Francisco Vieira de Carvalho subiu o tom, na página de Facebook que utilizou para a sua candidatura, afirmando que “trata-se da primeira vez na história, que o Concelho da Maia se vê envolvido num caso de Fraude Eleitoral. E é também a Maia, o único Concelho do País nesta situação de investigação pelo Ministério Público”. O líder da coligação PS/JPP desconhecerá que o Ministério Público abriu um inquérito a um caso de suspeita e fraude eleitoral em Montalegre, devido ao caso das centenas de emigrantes que foram recebidos por um autarca no aeroporto Francisco Sá Carneiro e transportados para a autarquia onde votariam.
O ex candidato, afirma ainda que “a Assembleia Eleitoral, detetou inúmeras irregularidades, e por acaso, ao abrir um envelope que correspondia a uma mesa de voto, detetou uma diferença de mais de 100 votos, atribuídos erradamente à coligação PSD/CDS. Face a esta “estranha” situação, foi pedido de imediato e por todas as forças políticas presentes, a recontagem de votos”. O rol de desconfianças para Francisco Vieira de Carvalho continua, garantindo que a Assembleia Eleitoral, “não era “estranhamente” composta na sua quase totalidade, por elementos ligados ao PSD/CDS, impediu essa mesma recontagem de votos, de forma bastante agressiva”.
Para o candidato, a recusa de recontagem dos votos, é porque “algo estava errado”. Levantando as questões: “Porque não queriam a todo o custo a recontagem dos votos ? Quem não deve não teme. Se estava tudo bem, porquê essa posição de força ?”.
Justifica as decisões não favoráveis da Assembleia de Apuramento Geral e do Tribunal Constitucional, porque “nessa altura, o que estava em causa eram apenas a constatação de várias irregularidades”, garantindo que a sua candidatura estudou o processo, tendo descoberto que “os envelopes que chegaram ao Tribunal sem lacre e sem assinatura, saíram das mesas de voto, lacrados e assinados.
Apesar de fonte da CNE ter declarado que o envio de informação para o MP, “não implica qualquer tipo de juízo de valor”, Francisco Vieira de Carvalho afirma no comunicado que, “estamos perante uma Fraude Eleitoral comprovada e por isso, a posição inédita da Comissão Nacional de Eleições, em enviar o caso de imediato para o Ministério Público, afim de se apurar toda a verdade. Este Crime é punido por Lei com Prisão Efectiva, para quem o cometeu e para quem ajudou”.
Ver mais sobre o assunto: Coligação PS/JPP recorre ao MP alegando “fraude nas eleições”