André Villas-Boas, candidato à presidência do FC Porto, revelou na quarta-feira, dia 17 de janeiro, as principais diretrizes do seu projeto, destacando a criação de uma equipa sénior feminina de futebol e a construção de um centro de alto rendimento no Olival.
André Villas-Boas, oficialmente candidato à presidência do FC Porto, anunciou na noite de quarta-feira, na Alfândega do Porto, as linhas mestras da sua candidatura. Entre as principais propostas, destaca-se a criação de uma equipa sénior feminina de futebol, iniciando pela formação, e a planificação de uma secção de futsal.
O projeto visa também a construção de um centro de alto rendimento no Olival, em Gaia, num terreno que ainda terá de ser adquirido pelo clube. Villas-Boas criticou a atual administração do FC Porto, apontando que a direção pretende comprar terrenos na Maia para o mesmo propósito, a apenas três meses das eleições, considerando estas ações como decisões estruturantes para o futuro do clube.
Abordando o projeto apresentado por Pinto da Costa, que envolve a construção da Academia do FC Porto na Maia, André Villas-Boas criticou a atual administração do clube. “Há dois anos, quando nos lançamos nesta candidatura, fizemos duas chamadas e encontramos o proprietário do terreno, a mil metros do centro de formação. Será que em oito anos o melhor que conseguimos fazer foi encontrar um terreno na Maia, que vai a hasta pública?”, questionou o candidato à presidência dos Dragões.
Villas-Boas prometeu ainda revelar o plano de arquitetura e os custos associados à obra na próxima semana, reforçando a transparência como um dos valores-chave da sua candidatura. Durante o evento, que contou com a presença de largas centenas de sócios e adeptos do clube, o antigo treinador reiterou o compromisso com a clareza e respeito aos contratos já estabelecidos.
Embora reconhecendo o trabalho realizado por Jorge Nuno Pinto da Costa, Villas-Boas salientou que “o clube vive agarrado por gratidão a uma gestão sem rumo e sem nexo”, e que “parecemos capturados por um conjunto de interesses alheios ao FC Porto que ferem os valores fundamentais da nossa instituição”. O candidato realçou a necessidade de mudança, agradecendo a Pinto da Costa, mas enfatizando que é tempo de novos caminhos.
Além disso, criticou a comunicação da atual administração, acusando-a de frequentemente fugir à verdade e de tomar decisões que podem comprometer o futuro do clube a longo prazo. O antigo treinador expressou preocupação com as transferências falhadas e os jogadores que têm saído “a custo zero”, questionando se tais movimentos servem interesses alheios ao clube e destacando o atraso do FC Porto em relação aos seus rivais em várias áreas.