Nico, o leão marinho do Zoo da Maia, faleceu no passado dia 10 de fevereiro, aos 25 anos. Sendo uma das estrelas do parque, mereceu uma onda de consternação de milhares de pessoas que nas redes sociais lamentaram o desaparecimento. Este animal, nascido em cativeiro, fazia habitualmente duas sessões diárias de enriquecimento ambiental, direcionadas para o público mais jovem, com curiosidades sobre os leões marinhos e informações úteis do ponto de vista da sobrevivência da espécie.
Mas o que vai fazer o Zoo perante um habitat preparado para acolher um leão marinho? Olga Freire, responsável pelo equipamento e presidente da Junta de Freguesia da Cidade da Maia, entidade proprietária do espaço, ao NOTÍCIAS MAIA, sublinhou que não vai acolher mais nenhum animal daquela espécie:
“Não vamos substituir o leão marinho, da mesma forma que um dia que falhe o urso Junior, não vamos colocar outro urso naquele habitat. Vamos adaptar aquele habitat para outra espécie, que seja mais adequada”, garantiu Olga Freire.
A responsável explicou que esta é uma tendência do Zoo, pelo menos desde que ela é a responsável. O objetivo será sempre ter as melhores condições possíveis, para que os animais vivam com dignidade e o Zoo possa ser um local de enriquecimento ambiental, onde se celebra a natureza:
“A nossa tendência será sempre a de deixar de usar animais para este tipo de atividades [como as sessões diárias realizadas pelo Nico], por isso o objetivo é encontrar um animal, ou animais de outras espécies, que tenham nascido em cativeiro e/ou sejam resgatados, que tenham sofrido algum tipo de falta de cuidados e que precisem de uma casa onde possam viver em paz, com dignidade e qualidade de vida”, explicou a responsável.
Como exemplo, o novo casal de leões do Zoo da Maia. Apesar de substituirem o anterior casal de leões, Gondar e Savannah, são animais que tiveram uma vida difícil e foram resgatados pela AAP (Animal Advocacy and Protection), uma Fundação que se dedica ao resgate e reabilitação de alguns animas. Anteriormente, só tinham vivido em circos.
Quanto a uma possível quebra nas receitas devido à falta do leão marinho, Olga Freire disse estar confiante que o mesmo não ocorrerá. O Zoo da Maia continua a ter centenas de atrações e a preocupação com a qualidade de vida dos animais sobrepõe-se sempre a qualquer outra variável de análise:
“Temos muitos animais, entre os que mais se destacam, estarão o novo casal de leões, os nossos tigres, principalmente o Ankur, ou o nosso urso, a esqueletolândia, que é um espaço único, o nosso reptilário, entre várias novidades que estão a ser ultimadas e que certamente vão encher de vida o nosso Zoo”, sublinhando que “o habitat onde estava o Nico vai ser adaptado para receber novos animais, que vão contribuir para o enriquecimento ambiental da nossa comunidade, que é sempre o nosso objetivo”.