O Zoo da Maia, situado na cidade da Maia, testou uma nova forma de visitar o espaço e de demonstrar os mais de 600 animais, de 200 espécies diferentes.
Para dinamizar esta iniciativa, foram preparadas atividades de cariz sensorial, nomeadamente através do tato, da audição e do olfato, pensadas especialmente para realização em grupo. Entre os visitantes que participaram nesta experiência inovadora, faziam parte associados da delegação do Porto da ACAPO, com idades compreendidas entre os 40 e os 70 anos. Alguns destes perderam a capacidade visual há longos anos, enquanto outros já nasceram sem ela.
A visita arrancou na sala pedagógica, com uma apresentação da história do Zoo da Maia e, de seguida, através do tato e do olfato, o grupo teve a oportunidade de descobrir quais os alimentos que estavam nas taças preparadas para alimentar os animais.
À medida que ouviam as diferentes vocalizações dos animais, estes eram descritos, tanto a nível de comportamento e aspeto físico, como a nível das ameaças a que estão sujeitos no meio selvagem, entre outras curiosidades, havendo ainda um momento em que os invisuais puderam alimentar diversos animais, tais como os lémures, os veados ladradores, as cabras e as zebras, mas sempre com com a devida distância de segurança e sempre acompanhados por técnicos.
Realizada a visita ao exterior, o grupo dirigiu-se à sala de incubação, onde teve contacto com um pato juvenil e com codornizes, tendo sido apresentados os fatores importantes para a realização de uma incubação artificial, simulando a colocação dos ovos no tabuleiro de incubação e, de seguida, foi realizada uma breve explanação sobre os ovos e as suas diferentes formas, tamanhos, cores e períodos de incubação específicos, para cada espécie.
Assim, a visita terminou com o regresso à sala pedagógica, num momento que pretendia descrever as diferentes tipologias de répteis, onde surgiu a oportunidade de tocar numa cobra, num lagarto e numa tartaruga, de maneira a conhecer a grande variedade das escamas e a anatomia específica de cada espécie.
Olga Freire, presidente da Junta de Freguesia da Cidade da Maia, entidade proprietária do Jardim Zoológico da Maia, referiu que “o Zoo tem como missão educar e sensibilizar todos os visitantes para a conservação das espécies, independentemente das suas capacidades físicas e motoras. Dessa forma, tem sido realizado um importante investimento na modernização e atualização do parque, por forma a torná-lo num local cada vez mais acessível, proporcionando à comunidade experiências cada vez mais inclusivas e acolhedoras”.