Começou por ser um momento onde se aplaudiam os profissionais. Agora é um festival de esperança – As “Noites do Chantre”.
No Chantre da Maia canta-se todas as noites. No dia 14 de março milhares de portugueses foram às varandas e às janelas e, pelas 22:00 horas, aplaudiram-se os profissionais de saúde por todo o esforço e dedicação nesta crise pandémica. A Maia não falhou à chamada e foram dezenas os vídeos nas redes sociais que mostravam os maiatos a bater palmas como “corrente de esperança e energia”.
Ora, houve uma zona da Maia que não parou desde então. Depois de alguns dias a bater palmas religiosamente às 22:00 horas, este movimento acabou por tornar-se um pequeno festival. Agora, todas as noites, além da palmas, têm direito a uma nova canção e o som já foi melhorado para chegar a toda a zona do Chantre da Maia. Chamam-lhe “As Noites do Chantre”
Guilherme Rebelo, de apenas 16 anos, é o responsável por este movimento que junta diariamente dezenas de pessoas às janelas. “Começou por se aplaudir os profissionais, agora, o que queremos fazer é uma homenagem aos profissionais, aos que perderam a vida e respetivos familiares, aos que trabalham para assegurar os serviços essenciais e a nós que cumprimos a quarentena”, conta-nos.
O jovem entusiasta explica que conta com a ajuda da família e de alguns vizinhos e que, agora, até se “colocam os alinhamentos das canções nos prédios e em alguns elevadores”. A ideia é que, às dez da noite, todos venham para a janela ouvir e cantar uma canção como forma de “espalhar a esperança”. Nestas últimas noites ouviram-se temas como a “Balada Astral”, “Mila” e “À Minha Maneira”. O som é colocado numa coluna e, agora, reproduzido num outro altifalante para que todos possam ouvir.
Guilherme não se vê como o responsável por esta iniciativa e acredita que “os grandes impulsionadores são aqueles que não desistem de vir à janela”. Gostou da ideia? Pode assistir à totalidade dos vídeos das Noites do Chantre no Instagram.
Aqui deixamos-lhe um vídeo gravado nesta noite de 2 de Abril.